sábado, 7 de abril de 2018

Colégio Novo Horizonte: Conteúdo de Ensino Religioso para a avaliação do primeiro Bimestre dos alunos do 6º ano.


           
A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO
Conhece-te a ti mesmo
Escrito e latim, este aforismo grego está gravado na entrada do templo de Apolo, em Delfos, Grécia , e ao longo do tempo sua autoria foi atribuída a vários sábios gregos da antiguidade: Heráclito, Tales de Mileto ,Sócrates, Pitágoras, entre outros .

         A frase, que parece simples, na verdade é muito profunda.  Se lhe perguntassem: “Quem é você?”, provavelmente você diria seu nome. Mas isso seria suficiente para que uma pessoa o conhecesse? Vamos pensar em uma Carteira de Identidade: O que é necessário para termos uma ideia de quem é o dono dela?

         Se você prestar atenção, vai perceber que nesse documento há sua fotografia, sua assinatura, a impressão digital do seu polegar, o nome de seus paise da cidade  em que você nasceu , além de um número de registro. Tudo isso constitui sua identidade, ou seja, mostra característica de você único.
         Mas será que ter essas informações já é suficiente par dizermosque conhecemos alguém? Por exemplo, se lemos a Carteirade Identidade de seus pais, será que iremos conhece-los tão bem quanto você? É evidente que não. Issoporque  você sabe um pouquinho a história  de vida deles, os traços de personalidade , a cor favorita de cada um .Você sabe se eles gostam ou não de animais domésticos, qual é a comida de que mais gostam, conhece os valores deles .
         Como você pode perceber, há muito para se conhecer em uma pessoa. E, por isso, quando lemosa frase “Conhece-te a ti mesmo”, podemos ver que essa não  é uma tarefa fácil. Tudo aquilo que conhecemos no outro também podemos buscar conhecer em nós mesmos: os valores, as características físicas e emocionais, os gostos etc. Mas, algumas vezes, é mais fácil conhecer o outro do que a nós mesmos. É mais fácil perceber os defeitos e as virtudes dos outros, por eles nos afetam diretamente. Você já percebeu isso? Se um colega for grosseiro com você, imediatamente vocêirá perceber. Mas se vocêferir os sentimentos de alguém , necessariamente perceberá de imediato, não é verdade?
Então, convidamos você a realizarum profundo exercício de autoconhecimento! Vamos conhecer nossos defeitos e qualidades, nossos valores e história, vamos descobrir nossa beleza!
         A partir do momento em que tomamos consciência  de nosso  próprio valor, respeitaremos muito mais a nós  mesmos e também  nos orgulharemos  de nossas habilidades  e dons. Todo o nosso potencial pode ser desenvolvido e utilizado, dependendo única e exclusivamente de nosso conhecimento e força de vontade. Querer é a condição essencial para alcançarmos metas e objetivos, quem devem ser definidos com responsabilidade, clareza e segurança.
Ninguém dá aquilo que não tem. Para que possamos amar e respeitar o outro, antes de tudo precisamos conhecer amar e respeitar a nós mesmos. O amor a si mesmo não é egoísmo ou egocentrismo, e sim um caminho para encontrar a realização pessoal  e a própria felicidade  do outro. O amor a si mesmo leva você a descobrir e manter a própria singularidade.

         Amar a si mesmo implica:

Autocohecimento de suas habilidades de infinitas possibilidades de realizações; 

Singularidade: que o distingue das outras pessoas, suas particular idades-você  é único;

Respeito e tolerância  para Dara ao outro a possibilidade de ser ele mesmo, com liberdade e direitos.

“Conhece-se te a ti mesmo” e construirás, com certeza, uma linda história de vida, podendo contribuir muito para que o mundo seja melhor

Sócrates  nasceu em ( 470 a.C) Morreu em(-399 a.C.)
 Assim como todos os grandes homens de sua época, há vários relatos diferentes para a sua vida ... este é apenas um dentre vários outros que podemos encontrar entre os escritores gregos de sua época.
Sócrates nasceu em 470 a.C. (ou talvez em 469 a.C.) na cidade de Atenas, perto da região de Alopeke. Era um vilarejo razoavelmente pobre, que ficava fora das muralhas de cidade a mais ou menos 30 min de caminhada. Seu pai era um escultor, especialista em entalhar colunas nos templos, sua mãe uma parteira.


Qualquer pessoa que tivesse de trabalhar para sobreviver, nesta época, não era muito bem vista, afinal os atenienses deixavam seus trabalhos para os escravos. A família de Sócrates não era escrava, mas não possuíam também qualquer escravo que trabalhasse por eles, viviam por conta própria procurando por locais onde precisassem de seu trabalho. Entretanto a vida não era tão difícil, naquela época Atenas estava ficando cada vez mais rica, e os trabalhos de construções apareciam a toda hora.

Sócrates vivia uma vida normal, tentando aprender o ofício de seu pai, o que ele achava complicado demais, e tendo uma vida comum. Não foi para a escola, nem aprendeu a ler, ou a escrever, embora tivessem algum dinheiro os professores eram caríssimos, chegou a fazer alguns cursos, como música ou condicionamento físico. Muitas vezes os amigos zombavam dele pela sua incapacidade de trabalhar o mármore, mesmo quando aparecia uma oportunidade de ajudar o seu pai, sempre acabava atrapalhando tudo.

E ele teria tido uma vida comum, aprendendo a toda custa a conseguir entalhar o mármore, se não fosse um grande amigo seu. Havia perto de Atenas um grande Oráculo, um local onde as pessoas iam para fazer um pergunta sobre o futuro. Era o Famoso Oráculos de Delfos, onde as sacerdotisas do deus Apolo faziam adivinhações sobre o futuro. Toda pessoa, ao menos uma vez na vida, teria chance de ir lá fazer a sua pergunta.

Eis que este amigo de Sócrates, ao chegar para fazer a pergunta , perguntou uma coisa não muito comum: "Eu quero saber quem é o homem mais inteligente de todo o mundo" e a resposta foi ainda mais inesperada: "O homem mais inteligente do mundo é o seu amigo, Sócrates"

Voltou então o seu amigo para Sócrates contar o ocorrido, quando este ouviu achou que havia algo errado. "Mas como? Ou os deuses mentem ou eu realmente sou o homem mais inteligente do mundo?" porém ele tinha certeza de que não era tão inteligente assim, lembrou-se então que havia um professor por aquelas redondezas que diziam ser muito inteligente, juntou todas as economias que tinha feito e foi pedir um aula para tal homem, com a certeza de que provaria que este professor era mais inteligente do que ele, mero filho de artesão.

Acontece que ele ouviu durante horas as palavras do professor e a cada afirmação do professor ele lhe perguntava o porquê e o como havia aprendido aquilo. Descobriu que o professor apenas repetia o que haviam ensinado para ele, e que nada havia descoberto ou aprendido por conta própria. Eles apenas repetiam, e nem mesmo sabiam se quem tinha ensinado aquilo para eles sabiam mesmo ou só tinham inventado.

Meio decepcionado Sócrates voltou para casa e pediu dinheiro ao seu pai gostaria de ir ver um outro professor, mais famoso que aquele e que era de grande prestígio entre os mais ricos de Atenas, seu pai, vendo que aquilo era importante para o filho, aceitou e deu parte de suas economias a ele.

Mas chegando à casa de tal professor tudo se repetiu. Ele não havia como provar nada do que dizia, e nunca havia visto os feitos que contava, apenas repetia e decorava o que os seus professores haviam falado.

Sócrates ficou irado, aquelas pessoas ficaram ricas apenas repetindo o que lhes disseram, e nunca aprenderam nada, ele sabia que ele era mais inteligente que elas mas sabia que não era o homem mais inteligente do mundo, voltou então para casa, se havia alguém que ele sabia que era mais inteligente do que ele era o seu pai ele era o melhor escultor da região.

Ficou então a observar seu pai entalhar a pedra e percebeu que aquilo era um trabalho repetitivo, que havia sido ensinado pelo seu pai e pelo seu avô e que nada havia de novo no que ele fazia. Saiu ele então pela estrada a procurar homens sábios e tentar provar que ele não era o homem mais inteligente do mundo.

Acabou convivendo com grandes filósofos, e a cada vez que encontrava um deles um grupo de pessoas se aglomeravam em volta para ver o que conversavam e logo com suas perguntas de por quê, mas como, me prove, acabavam por deixar o filósofo irritado, e Sócrates provava que o famoso filósofo não sabia direito o que estava falando.

Com isso um grupo de jovens passa a segui-lo, várias e várias pessoas, e o número cada vez aumenta mais todos pediam para que ele ensinasse o como ficou tão inteligente , ofereciam muito dinheiro mas ele dizia que não poderia aceitar tal dinheiro , pois ele não era digno de ensinar, e tudo o que ele havia aprendido tinha sido por conta própria, e por tantas conversas com outras pessoas e consigo mesmo.

Isso logo ficou conhecido como dialética , a arte de aprender conversando com todo mundo. ( di = dois / logos = conhecimento , então dialética é a conversa entre dois conhecimentos )

Mas foi somente junto com a sua mãe que ele pôde descobrir a verdadeira função ele, conta-se que um dia ele foi levado junto com a sua mãe para ajudar em um parto complicado, ele começou a pensar no trabalho dela, ela não deveria criar o bebê, apenas ajudar a ele nascer e tentar diminuir a dor do parto, ao mesmo tempo, se ela não tirasse o bebê, logo ele iria acabar morrendo, e igualmente a mãe morreria.

Sócrates então começou a pensar que ele também, de certa forma, era um parteiro, o conhecimento estava dentro da pessoa pois ele era capaz de aprender por si mesma, mas ele poderia ajudar esse conhecimento a nascer e tentar diminuir a dor disso por isso mesmo até hoje os ensinamentos de Sócrates são conhecidos por maiêutica (que é parteira em grego).

Assim ele ficou muito famoso em toda a região, e conseguiu muitos e muitos discípulos, mas logo os antigos professores foram ficando irados, como aquele homem poderia ensinar de graça e pregar que não se precisavam de professores como eles. E ainda mais, ele negava que deveria se acreditar em algo, era preciso verificar se aquilo realmente era verdade, logo Sócrates tinha muitos inimigos.

Mas eis que a guerra estourou, todos os homens entre 15 e 45 foram enviados para lutar e Sócrates pela sua habilidade de fazer as pessoas o seguirem foi escolhido como um dos generais. Mas seja pelo motivo que for, eles perderam a batalha e muitos morreram, com a intenção de salvar todos os que estavam vivos Sócrates ordena que todos voltem rapidamente para Atenas mas deixam os mortos no campo de batalha.

Ao chegar ele é preso, havia uma lei que obrigava o general enterrar todos os seus soldados mortos, ou morrer tentando. Lá, Sócrates usa toda a sua capacidade para convencer de que era melhor deixar alguns mortos do que morrerem todos, principalmente pois se todos morressem ninguém poderia enterrá-los, desta forma ele consegue a liberdade.

Continua a fazer inúmeros discípulos por mais 30 anos, até que é preso novamente. Uns acusavam ele de não acreditar nos costumes e nos deuses da cidade, outros de se unir a deuses malignos que gostaria de destruir a cidade. É nesta hora que é dado a ele a chance de se defender e a sua carta de defesa mostra toda a sua capacidade.

Rapidamente ele mostra o como eram burras as pessoas que o acusavam, como ele poderia não acreditar nos deuses e ao mesmo tempo se unir a eles? E como ele poderia fazer tudo isso se a sua vida de conhecimento começou com a previsão do Oráculo de Delfos, se o oráculo disse então quem não acreditava nos deuses eram os que o acusavam, pois falavam que ele não era inteligente como se dizia ser.

Mas os acusadores não aceitaram , mesmo vendo que estavam errados condenaram Sócrates. Como sabiam que se o condenassem à morte milhares de jovens iriam se revoltar, condenaram ele a se exilar para sempre, ou a lhe ser cortada a língua, sendo impossível que ensinasse aos demais, e caso se negasse ele seria morto.

Então, para o espanto de todos Sócrates diz : "Vocês me deixam a escolha entre duas coisas, uma que eu sei ser horrível, que é viver sem poder ensinar a outra que eu não conheço, que é a morte ... escolho pois o desconhecido"
Assim ele é obrigado a tomar veneno (cicuta) na frente de todos onde se deixa morrer, mas faz com que as suas idéias tenha vivido para sempre.

Sócrates: a filosofia como conhecimento de si mesmo
Sócrates viveu em Atenas no século V a.C. É considerado o pai do racionalismo ocidental. Nada escreveu em vida. Tudo o que sabemos dele foi graças a seu discípulo Platão. Ao contrário dos primeiros filósofos gregos, que se preocupavam com os problemas da natureza, Sócrates rendeu homenagem aos problemas morais. Apesar disso, suas idéias foram assimiladas pelas ciências do mundo ocidental. Foi com ele que a civilização ocidental aprendeu que a ciência (epistême) só tem sentido se é fundamentada em verdades universais. A verdade deve ter validade em qualquer lugar, em qualquer tempo e para qualquer indivíduo. Graças a ele que a civilização ocidental começou a valorizar a razão, a verdade e o conceito.
        Sócrates era filho de uma parteira e ensinava filosofia em praça pública. Ele usava uma túnica, costumava caminhar descalço e não tinha o hábito de tomar banho. Ficava as vezes horas parado, imóvel, filosofando sobre algum problema. Dizia que filosofava a serviço de Deus e do cuidado da alma. A filosofia era para ele uma forma de espiritualismo. Ao questionar valores, modos de ser e pensar Sócrates encontrou muitos inimigos. Por isso,  foi condenado à morte. Foi acusado de corromper os jovens de Atenas e de questionar os deuses da cidade. A história de sua condenação foi contada por seu discípulo Platão no famoso livro: “A apologia de Sócrates”. Este livro descreve a defesa de Sócrates diante do tribunal de Atenas.
       Por meio de perguntas Sócrates interpelava os trausentes em praça pública e ali discutia os mais diversos assuntos: O que é o bem? O que é a justiça? O que é a virtude? Toda sua filosofia estava a serviço do conhecimento do homem e de sua vida moral. Seu espiritualismo afirmava-se no “conheça-te a ti mesmo”. Essa mensagem estava escrita no templo de Apolo. O conhecimento de si mesmo implicava o conhecimento de nossas ações, de nossos desejos e de nossa vida moral. Para ele, a sabedoria consistia em vencer a si mesmo e a ignorância em ser vencido por si mesmo. Sua indagação principal era sobre “a justa vida” e o “viver bem”. Uma vez lhe perguntaram qual lhe parecia a melhor tarefa para o homem. Ele, sem rodeios, respondeu: viver bem. Mas viver bem para Sócrates não era viver dos prazeres e da ociosidade, mas viver da contemplação do conhecimento e do cuidado de si. Por toda parte Sócrates ia persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo, a beleza e a riqueza. Dizia que devemos nos preocupar mais com a alma para que ela seja quanto possível melhor. Ele identificava a virtude com o conhecimento. Afirma que ninguém faz o mal porque quer, mas por ignorância. Ninguém erra voluntariamente. Somente o ignorante não é virtuoso. Todo homem que conhece o bem é virtuoso. Ser virtuoso para Sócrates é conhecer as causas e o fim das ações,  permitindo uma vida moral e virtuosa em direção a ideia de bem. Por isso, ele defendia a ideia de que a melhor forma de se viver era cultivando o próprio desenvolvimento ao invés de buscar os prazeres e os bens materiais. É necessário se conhecer melhor para ser feliz. “Conheça-te a ti mesmo”, essa frase emblemática é o fundamento de toda felicidade aqui na terra. Sócrates aconselhava seus discípulos a se autoconhecerem, pois somente assim as pessoas sairiam da caverna, das trevas de seus espíritos, para alcançarem a luz, a verdade e a felicidade. Quando nos conhecemos dificilmente agimos por impulso, dificilmente somos dominados por nossas paixões, mais resolvidos e determinados somos em nossos objetivos. Conhecer a si mesmo significava que devemos nos ocupar menos com as coisas desse mundo, como riquezas, fama e poder, e nos preocuparmos mais com o cultivo de si, cultivando o conhecimento para contemplar o bem, o belo e a verdade. Somente assim seremos felizes.
                                Exercício
1-Para você, qual é a importância de fazer perguntas para conhecer a si mesmo?
2-Qual é a idéia de Sócrates  sobre viver bem?
3-O Que conhecer a si mesmo significa para você?
4-Você acredita que o autoconhecimento é capaz de influenciar nossa relação com o próximo.

A casa dos espelhos
Há muito tempo havia na minha cidade  uma casa bem  interessante .Era conhecida como a “casa dos  mil espelhos”. As pessoas ficavam muito curiosas por saber o que havia lá dentro,pois se dizia que era uma casa mágica, mais tinham muito medo de serem amaldiçoadas ao entrar lá.
         Certo dia, dois homens da cidade decidiram entrar na casa eram dois amigos, mais tinham atitudes bastante diferentes um do outro.Ao entrar na casa, puderam comprovar isso. O primeiro a entrar foi Mateus, um homem alegre, que vivia sorrindo e brincando com as pessoas da cidade.Ao entrar na casa, foi saudado  por centenas de pessoas.A casa estava cheia de gente, todos alegre, vibrantes, sorridentes. Mateus ficou encantado com o lugar e saiu correndo para dizer ao amigo que também entrasse para ver que lugar maravilhoso era aquele
         Encontrou o amigo na porta da sala. Pedro, o amigo, não era de muitos sorrisos.Sempre agia com rigidez, com a testa franzida e os olhos raivosos.Mateus disse-lhe o que havia visto e todas as pessoas que o saldaram.Pedro não acreditou muito, pois sempre ouvira falar que a casa era mal-assobrada .Decidiu conferir por conta própria .
         Ao entrar na casa, viu várias pessoas desconfiadas, encarando-o.Todos os rostos estavam  fechados, com aparência de ódio. Pedro resolveu falar alto para mostrar que não tinha medo de cara feia.Em coro, todos os que estavam na casa também gritaram e se mostraram ainda mais hostis. Pedro decidiu sair dali e nunca mais voltar.
-Que lugar horrível! Você e enganou-disse ao amigo ao sair.
Exercício sobre o texto intitulado “A Casa dos espelhos”
1-Reflita por alguns instantes e responda: O que você conhece de si mesmo? Fale um pouco sobre:
a) Seus dons e suas habilidades;
b)Sua inteligência;
C) Suas emoções;
d) Suas metas e seus objetivos;
e) O que o estimula a viver e amar a vida;
f) Suas principais limitações;
g) Seus medos e suas inseguranças;
h) Suas principais crenças.
2- Procure em um dicionário o significado da palavra identidade. Para você, o que define melhor sua identidade: As  repostas da atividade anterior ou as informações de sua carteira de identidade? Justifique.
3-Que relação podemos fazer entre singularidade e tolerância?
4-Desenhe algo que expresse algo quem você é, que seja a sua “ marca”.
                   A FORÇA  DA BONDADE
O que é ser bom ou o que é um ato bondoso? Essa é uma questão que já preocupou os filósofos por vários anos, sem que chegassem a uma resposta definitiva. Será que ser bom é simplesmente ajudar os outros? Mas  se minha ajuda a uma pessoa prejudicar  os outros? E se prejudicar a mim mesmo? O que fazer se uma pessoa considera um ato bondoso e outra não? Como definir o que é certo fazer?
         Existem várias fontes para definir o certo e o errado. Por um lado, podemos pensar que é neutro ou bondoso  todo ato que  não prejudique o próximo. Ações que favorecem o convívio em sociedade , como  as que tem como base a tolerância , a solidariedade  e a cooperação ,podem ser formas de bondade, contanto que o bem da maioria não se torne uma forma de perseguir e prejudicar minorias em situação desvantajosa.Nesse sentido, um conceito muito forte é pensar que  é bom todo ato que, se todos praticarem , não causará prejuízo a ninguém.
         Outra fonte na qual se pode buscar orientação para atos  bondosos é a religião.Muitos têm os códigos morais de livros religiosos  ou as falas de sacerdotes como refefência. No meio religioso, é comum afirmar que cada um tem consciência do que é bom ou ruim dentro de si, no coração , Neste sentido, um momento de reflexão  para  perceber  se sua conduta é boa.Devemos tomar cuidado , no momento, para não nos tornarmos intolerantes, assumindo a posição de ‘donos da verdade” por causa do que acreditamos ser certo .
         Porém, por mais que os conceitos variem, existem algumas características que definem uma pessoa bondosa: Ela tem um mínimo de preocupação com o bem-estar dos outros; evita prejudicar o próximo , cuida também  de si mesma;  evita atrapalhar o outro para alcançar sucesso pessoal.
         Muita gente confunde bondade com fraqueza, afirmando que é “fácil” se aproveitar  de uma pessoa bondosa, mas, na verdade, ocorre exatamente o contrário : Alguém verdadeiramente bondoso é forte internamente e sabe controlar seus impulsos , seu caráter , suas emoções .
         Bondade é a prontidão para fazer o bem e procurar compreender  profundamente as necessidades dos outro, sempre com paciência e empatia. O  valor da bondade desenvolve na pessoa  a disposição de agradar e colaborar  com o outro, sempre com espírito solidário.
         Ser bondoso é ajudar o outro a crescer e a desenvolver todo o seu potencial humano, sendo autêntico e encontrando sua maneira de ser feliz. A pessoa bondosa respeita o outro do jeito que ele é, valoriza suas qualidades e colabora para que ele supere suas limitações.
                                             EXERCÍCIO
1-O que mais chamou sua atenção  no texto anterior?
2-Para você, qual é a importância da bondade nas relações diárias?
3-Você percebe bondade na realidade em que vive?

     O QUE É SER BONDOSO CONSIGO MESMO?
Para que se  possa praticar a bondade  com o próximo, é preciso antes, ser bondoso consigo mesmo;Mas o que isso significa ?
Significa amar a si mesmo e se dar valor, respeito e credibilidade.
É querer cuidar de si como se cuida de um bem valioso e procurar sempre sentir-se bem e feliz com a própria vida.Ser bondoso consigo mesmo é prestar atenção no próprio corpo, em suas emoções, sentimentos e necessidades, e também  respeitar seus limites.
         Dissemos que quem é bondoso geralmente se preocupa com o outro. Isso é verdade, mas todos nós temos um limite que,quando é atingido, faz voltarmos o olhar para dentro. Aceitar injúrias, desrespeito, injustiça não significa ser bondoso. Ao contrário, é uma forma de ser conivente com a maldade. Além disso, é impossível ajudar o outro se não gozamos de boa saúde e de equilíbrio emocional.
         É importante saber também que  a percepção do que é certo ou errado muda ao longo de  nossa experiência de vida.Dar a si mesmo a oportunidade de conhecer novos valores, vivenciar boas experiências, deparar-se com o novo, tudo isso ajudará  a perceber melhor o que  é a bondade e lhe mostrará quando é a hora de cuidar do outro ou de cuidar de si mesmo. Pela experiência, você aprenderá o que é aceitável e o que não é, o que você é capaz de suportar ou não, o que o desrespeita e o que lhe agrada.
         É preciso não parar no caminho e buscar sempre o melhor, aprender coisas novas a cada dia. Saber conviver com os outros e ser grato pela vida, pelas pessoas e pelos próprios dons, oportunidade, “valores” que o rodeiam. Ser bondoso consigo mesmo é estar aberto para a vida valorizá-la a cada instante e vivé-la plenamente com muita responsabilidade.

O Imperador Chinês


Conta-se que certo imperador chinês, quando foi avisado a respeito de uma insurreição que estava se desenvolvendo em um das províncias do seu império, disse aos ministros do seu governo e aos chefe militares que o cercavam:
- Vamos. Sigam-me. Destruirei os meus inimigos imediatamente.
Quando o imperador e suas tropas chegaram ao lugar onde se encontravam os rebeldes, ele os tratou com tanta brandura e amabilidade que, em gratidão, todos se submeteram a ele voluntariamente.
Aqueles que compunham a comitiva do imperador pensaram que ele ordenaria a imediata execução de todos os que haviam se rebelado contra o seu domínio, mas ficaram grandemente surpreendidos ao vê-lo tratando-os com tanto carinho e afeto. Intrigado com a humilhante atitude do soberano e julgando-o um quase covarde, o primeiro-ministro, um tanto agastado, perguntou:
- É desta forma que Vossa Excelência cumpre sempre a sua ameaça? Não nos disse no início da caminhada que viríamos aqui para vê-lo destruir os seus inimigos? E prosseguiu:
- Ora, a única atitude que tomou foi a de anistiá-los com um gesto humanitário... Estamos todos verdadeiramente estarrecidos com o perdão indiscriminado e, sobretudo, com o carinho extremado que premiou a cada um dos revoltosos.
Depois de ouvir atenciosamente a censura do seu ministro e ainda outras tantas críticas feitas pelos demais auxiliares, o imperador, tomado de um sereno ar de generosidade, disse-lhes:
- Sim, lembro-me que prometi solene e decididamente destruir todos os meus inimigos. E agora eu lhes pergunto: estão vendo algum inimigo meu? Certamente que não, pois a todos tenho feito amigos.
Essa é um verdade sem contestação. Podemos destruir os inimigos pela força, pela violência, pela soberania. Entretanto, feito isto, não há dúvidas, muitos outros inimigos nascerão em face da atitude prepotente. Todavia, quando se procura ganhar um inimigo com gestos de amor, de compreensão e bondade, fatalmente surgirão muitos outros amigos que, atraídos pela experiência vivida pelo semelhante, também se deixam transformar, seguindo o exemplo de amor e perdão em relação aos inimigos.
Livro: Histórias Interessantes 
Autor: Assis Almeida - Editora: Edições Livro Técnico


     EXERCÍCIO
1-Em sua opinião, qual é a grande lição desse conto?
2-Todos nós temos alguns “inimigos” internos que nos impede de ser bondosos conosco mesmos. Liste alguns desses “inimigos” que o impedem de ser uma pessoa melhor.
 Ensinamentos: Bondade e Compaixão - (Dalai Lama)
 Todos os seres humanos são iguais. Feitos de carne, ossos e sangue. Todos queremos a felicidade e evitar o sofrimento e temos direito a isso. Em outras palavras, é importante compreender a nossa igualdade. Pertencemos todos a uma família humana. O fato de brigarmos uns com os outros deve-se a razões secundárias, e todas essas discussões são inúteis. Infelizmente, durante muitos séculos, os seres humanos usaram todos os métodos para ferir uns aos outros. Muitas coisas terríveis aconteceram, resultando em mais problemas, mais sofrimento e desconfiança. E, conseqüentemente, em mais divisões.
O mundo hoje está cada vez menor em vários aspectos, particularmente o econômico. Os países estão mais próximos e interdependentes e, nesse quadro, torna-se necessário, pensar mais em nível humano do que em termos do que nos divide. Assim, falo a vocês apenas como um ser humano e espero, sinceramente, que vocês estejam escutando com o pensamento: "Sou um ser humano e estou ouvindo outro ser humano falar".

Todos queremos a felicidade; nas cidades, no campo, mesmo em lugares remotos, as pessoas trabalham com o objetivo de alcançá-la, entretanto, devemos ter em mente que viver a vida superficialmente não solucionará os problemas maiores.

Há muitas crises e medos à nossa volta. Por meio do grande desenvolvimento da ciência e da tecnologia, atingimos um estado avançado de progresso material, que é necessário. Não podemos, no entanto, comparar o progresso externo com nosso progresso interior. As pessoas queixam-se do declínio da moralidade e do aumento da criminalidade, mas esses problemas não serão resolvidos, se não procurarmos desenvolver nosso interior.

No passado remoto, se houvesse uma guerra, os efeitos seriam geograficamente limitados, porém hoje, em função do progresso, o potencial de destruição ultrapassou o concebível. No ano passado estive em Hiroshima, no Japão. Mesmo tendo informações a respeito da explosão nuclear lá ocorrida, era muito diferente estar no local, ver com meus próprios olhos e encontrar pessoas que realmente sofreram com aqueles acontecimentos. Fiquei profundamente emocionado. Uma arma terrível tinha sido usada. Embora possamos considerar alguém como inimigo, temos de levar em conta que essa pessoa é um ser humano e que tem direito a ser feliz. Olhando para Hiroshima e refletindo a respeito, fiquei ainda mais convencido de que a raiva e o ódio não são meios para solucionar problemas.

A raiva não pode ser superada pela raiva. Quando uma pessoa tiver um comportamento agressivo com você e a sua reação for semelhante, o resultado será desastroso. Ao contrário, se você puder se controlar e tomar atitudes opostas "compaixão, tolerância e paciência", não só se manterá em paz, como a raiva do outro diminuirá gradativamente. Do mesmo modo, problemas mundiais não podem ser solucionados pela raiva ou pelo ódio. Sentimentos como esses devem ser enfrentados com amor, compaixão e pura bondade.

Pensem em todas as terríveis armas que existem, mas que, por si mesmas, não podem iniciar uma guerra. Por trás do gatilho há um dedo, movido pelo pensamento, não por sua própria força. A responsabilidade permanece em nossa mente, de onde se comandam as ações. Portanto, controlar em primeiro lugar a mente é muito importante. Não estou falando de meditação profunda, mas apenas de cultivar menos raiva e mais respeito aos direitos do outro. Ter uma compreensão mais clara da nossa igualdade como seres humanos.
Ninguém quer a raiva, ninguém quer a intranqüilidade, mas por causa da ignorância somos acometidos por sentimentos como esses. A raiva nos faz perder uma das melhores qualidades humanas, o poder de discernimento. Temos um cérebro bem desenvolvido, coisa que outros mamíferos não têm. Esse órgão nos permite julgar o que é certo e o que é errado. Não apenas em termos atuais, mas em projeções para daqui dez, vinte ou mesmo cem anos. Sem nenhum tipo de pré-cognição, podemos utilizar nosso bom senso para determinar o certo e o errado. Imaginar as causas e seus possíveis efeitos. Contudo, se nossa mente estiver ocupada pela raiva, perderemos o poder de discernimento e nos tornaremos mentalmente incompletos. Devemos salvaguardar essa capacidade e, para tanto, temos de criar uma companhia de seguros interna: autodisciplina, autoconsciência e uma clara compreensão das desvantagens da raiva e dos efeitos positivos da bondade. Se refletirmos a respeito dessas questões com freqüência, podemos incorporar a idéia e, então, controlar a mente.

Por exemplo: pode ser que você seja uma pessoa que se irrita facilmente com pequenas coisas. Com desenvolvida compreensão e conscientização, isso pode ser controlado. Se você fica geralmente zangado por dez minutos, tente reduzi-los para oito. Na semana seguinte, reduza para cinco e, no próximo mês, para dois. Depois, passe para zero. É assim que desenvolvemos e treinamos nossa mente. É o que penso e também o que pratico.

É perfeitamente claro que todos necessitam de paz interior, que só pode ser alcançada por meio da bondade, do amor e da compaixão. O resultado é uma família em paz, felicidade entre pais e filhos, menos brigas entre casais. Em uma nação, essa atitude pode criar unidade, harmonia e cooperação com saudável motivação. Em nível internacional, precisamos de confiança e respeito mútuos, discussões francas e amistosas, com motivações sinceras e um esforço conjunto no sentido de resolver problemas. Tudo isso é possível.

Precisamos, porém, mudar interiormente. Nossos líderes têm feito o melhor que podem para resolver nossos problemas, mas, quando um é resolvido, surge outro. Tenta-se solucionar este, surge mais um em outro lugar. Chegou o momento então de tentar uma abordagem diferente.

É certamente difícil realizar um movimento mundial pela paz de espírito, mas é a única alternativa. Caso houvesse outro método mais fácil e prático, seria melhor, porém não há. Se com armas pudéssemos chegar à paz duradoura, muito bem. Transformaríamos todas as fábricas em produtoras de armamentos. Gastaríamos todos os dólares necessários, se conseguíssemos a definitiva paz, mas tal é impossível.

As armas não permanecem empilhadas. Uma vez desenvolvidas, alguém irá usá-las. O resultado é a morte de criaturas inocentes. Portanto, a única maneira de atingirmos uma paz mundial duradoura é por meio da transformação interior. E, mesmo que essa transformação não ocorra durante esta vida, a tentativa terá sido válida. Outros seres humanos virão; a próxima geração e as seguintes. E o progresso pode continuar. Sinto que, apesar das dificuldades práticas, e, mesmo correndo o risco de que tal visão seja considerada pouco realista, vale a pena o esforço. Assim, aonde quer que eu vá, expresso essas idéias e sinto-me muito motivado porque mais pessoas têm sido receptivas a elas.

Cada um de nós é responsável por toda a humanidade. Chegou a hora de pensarmos nas outras pessoas como verdadeiros irmãos e irmãs e nos preocuparmos com seu bem-estar. Mesmo que você não possa se sacrificar inteiramente, não deverá esquecer-se das dificuldades dos outros. Temos de pensar mais sobre o futuro em benefício de toda a humanidade. Se você tentar dominar seus sentimentos egoístas e desenvolver mais bondade e compaixão, em última análise, você é quem irá sair beneficiado. É o que chamo de egoísmo sábio. Pessoas egoístas tolas só pensam em si mesmas, e o resultado é negativo. Egoístas sábios pensam nos outros, ajudam da melhor forma e também colhem os benefícios. Essa é minha simples religião. Não há necessidade de templos ou de filosofias complicadas. Nosso próprio cérebro, nosso coração são nossos templos. A filosofia é a bondade."

(Texto extraído da obra A Policy of Kindness, Snow Lion Publications, 1990.)

Momento de reflexão

1-Como você define a palavra bondade?
2-Quais são as principais referências que podemos usar para definir se uma atitude é bondosa ou não?
3- Com base no que você aprendeu, dê dois exemplo:
a) Conduta bondosa
b)Conduta maldosa
c)Cite uma forma de ser bom como você mesmo






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